domingo, 21 de dezembro de 2008

Parada Iluminada de Natal - 2008



Mais uma vez ela chegou sorrateira, sem grandes alardes. Só ficamos sabendo às vésperas do desfile. É a “Parada Iluminada” de Natal, promovida pela Coca Cola Company.

Apesar dos tantos malefícios que seu refrigerante mais famoso nos traz, o grupo dá um jeito de nos presentear nessa época do ano, que estamos mais propícios aos atos de caridade, a ser mais solidários e quando ficamos mais sensíveis, um espetáculo de tamanha beleza.


Este foi o meu segundo ano e confesso que me cansei de tanto aguardar o desfile. Levei meus guarda-chuvas, pois como disse para minhas amigas: “desfile de carnaval chove, noite de Natal também chove, logo, hoje, também teremos chuva.” Ainda bem que minha “praga” não pegou. A noite estava quente e a cena
que se repetia era a de crianças brincando alegremente, naquelas horas da noite, no calçadão e areia da praia de Copacabana.

Como sempre a saída nunca é no horário previsto. Parece que o atraso já está arraigado na cultura carioca. Mas quando os
caminhões da Coca-Cola surgem, eu corro como criança para saúdá-los e me preparar para receber o desfile mágico de anjinhos,

brinquedos, duendes, fadas, príncipes e princesas e o querido Papai Noel. Meus olhinhos infantis brilham e eu vibro, não parando de apertar o botão da minha câmera fotográfica. Nem ligo para uma senhora que teima, em dia de tamanha alegria, vociferar no meu ouvido, por ter chegado cedo e não conseguir assistir ao desfile “de camarote”, já que a multidão a impedia.



A cada ano um carnavalesco é escolhido para preparar o desfile. Este ano foi a vez de Paulo Barros, da Unidos do Viradouro, escola de samba de Niterói, que trouxe à Avenida Atlântica um sonho mágico de Natal.

Certa vez, assistindo a uma entrevista com o grande carnavalesco Joãozinho Trinta, soube que ele foi do elenco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde participou de diversas montagens de ópera nacionais e internacionais. E foi nesta experiência, que descobriu que o desfile de uma escola de samba é exatamente como uma ópera, com todos os seus elementos. Para à avenida, no Carnaval, ele trouxe esse aprendizado. E soube usá-lo como ninguém.



E aí, se pararmos para observar uma ópera, um desfile de escolas de samba e esse atual desfile natalino, veremos nitidamente como seus elementos se entremeiam.

Vale a pena conferir no próximo ano.





Fotos: MARLUCI COSTA


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Correção:
Fabrício Guerra, que participou da criação da Parada Iluminada de 2008, me corrigiu informando que o responsável pela concepção do desfile deste ano foi o artística plástico André Paz.
Leiam o seu comentário.

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domingo, 14 de dezembro de 2008

SACOS PLÁSTICOS

O excesso de sacos plásticos na minha casa sempre me causou incômodo.
Por isso, mesmo antes de saber todas as conseqüências geradas com o acúmulo de sacos descartados pelo mundo, tratei de providenciar uma sacola de nylon colorida, daquelas compradas em feira livre, para carregar minhas compras de supermercado. Sei que logo depois, essas bolsas ficaram “fashion” e no verão, as moças, começaram a usá-las para irem à praia.
Deixando de lado a moda, a minha intenção com aquela bolsa não era fazer sucesso, sim diminuir aquele exagero que ficava no armário lá de casa.
Fiquei feliz quando descobri várias possibilidades de reciclá-los. Achava que essa era a solução. Eu adorava doá-los para grupos de senhoras que criavam coisas lindas, usando-os como matéria-prima.
Hoje eu entendo que não é essa a solução. A solução é diminuir o seu uso, evitando assim o desperdício e reciclar cada vez menos.

Dêem uma olhadinha nesse vídeo. Para os sensíveis aos maus tratos à natureza, choca bastante.
É hora de se pensar seriamente numa política de uso restritivo dos sacos plásticos. Temos tantas opções não é mesmo? Sacolas retornáveis, de lona, de papel... Enfim, é só querermos.









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domingo, 7 de dezembro de 2008

"OH MINAS GERAIS "




Você sabia que a bela música "Oh Minas Gerais" se constitui numa letra adaptada à valsa italiana da Idade Média "Vieni Sul Mar" (Vem do Mar)?

A música foi aproveitada por Eduardo das Neves (1874-1919), para homenagear o encouraçado Minas Gerais, lá por 1910, um dos maiores navios do mundo, que naquela época se juntaria à esquadra brasileira. Mais tarde, modificada pelo povo, passou a celebrar tão somente o estado brasileiro e não mais ao navio, na conhecida música "Oh! Minas Gerais".

É tida em Minas Gerais como hino oficial.

Enrico Caruso, Tito Schipa, Mario Lanza, entre outros gravaram o "Vieni Sul Mar".

Ouça com o Pavaroti:







(a letra está no fim do email)



E agora a belíssima versão adotada pelo estado de Minas Gerais:








letra de autoria de: De Martino / Frati


Deh, ti desta fanciulla, la luna

Spande un raggio s'i caro sul mar,

Vieni meco, t'aspetta la bruna

Fida barca del tuo marinar.


Ma tu dormi, e non pensi al tuo fido,

Ma non dorme chi vive d'amor.

Io la notte a te volo sul lido

Ed il giorno a te volo col cor.


Vieni sul mar,

Vieni a vogar,

Sentirai l'ebbrezza

Del tuo marinar.


Addio dunque, riposa, e domani

Quando l'alba a svegliarti verrà,

Sopra lidi lontani lontani

L'infelice nocchiero sarà.


Ma tu dormi, e non pensi al tuo fido,

Ma non dorme chi vive d'amor.

Io la notte a te volo sul lido

Ed il giorno a te volo col cor.


Vieni sul mar,

Vieni a vogar,

Sentirai l'ebbrezza

Del tuo marinar.


Da quel giorno che t'ho conosciuta,

Oh fanciulla di questo mio cuor,

Speme e pace per te ho perduto

Perché t'amo d'un immenso amor.


Fra le belle tu sei la più bella,

Fra le rose tu sei la più fin,

Tu del ciel sei brillante stella

Ed in terra sei beltà divin.

Vieni sul mar,

Vieni a vogar,

Sentirai l'ebbrezza

Del tuo marinar.

Vieni sul mar,

Vieni a vogar,

Sentirai l'ebbrezza

Del tuo marinar.


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domingo, 2 de novembro de 2008

Ah, minha Portela ...



“Portela, Portela fenômeno que não se pode explicar
Portela, Portela uma corrente
faz a gente sem querer sambar
É ela, é ela, o novo amor a quem
eu quero agora me entregar
O samba fez milagre reabriu
meu coração para a Portela entrar
O samba fez milagre reabriu
meu coração para a Portela entrar - pela porta." (Luiz Ayrão)

Ontem conheci sua quadra participando da famosa feijoada da família portelense. Foi a minha entrada, nessa que desde menina, é a minha escola do coração. Foi uma estréia triunfal em um mundo que pouco conheço, mas que me fascina pela vibração, alegria, amor e dedicação dos seus adeptos. É contagiante !

Costumava dizer “Não gosto de samba”, mas cada vez mais sou apresentada ao que há de melhor nessa categoria musical, seja em bares da Lapa, festas de amigos, shows e agora em um reduto genuíno, o da Portela. Já sou candidata a entrar numa aula de samba no pé, no mês de dezembro, para assim não fazer feio nos poucos lugares que estarei no carnaval. Sim, poucos, pois não tenho mais a energia de outrora e o corpo pede descanso cedo, cedo.

Falando um pouquinho de ontem. Senti-me em casa... no meu reduto. Não foi pelos sambas contagiantes. Foi pelas “bundas”! Vocês não imaginam !!! Eram muitas bundas!!!
E bundas ENORRRRRMES !!!!
Imaginem quando dezenas de mulheres, com bunda grande, resolvem se reunir em um só lugar. Pois é, elas estavam lá: de shortinhos, saias minúsculas, calças compridas colantes ou até mesmo vestidas discretamente, como eu. Mas não conseguiam ficar discretas, já que as bundas se destacavam. Gente, senti-me uma igual.

Paulinho não estava lá (Depois daquele sorriso lindo que ele me deu no Palácio da Ferramentas, fiquei íntima. Bem, isso é outra história.), mas foi muito bem representado na voz de Tereza Cristina. Para mim é a cantora que melhor canta Paulinho da Viola.
Quando ela cantou ...

“Ah minha Portela
Quando eu vi você passar
Senti meu coração apertado
Todo meu corpo tomado
Minha alegria voltar
Não posso definir aquele azul
Não era do céu, nem era do mar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar" (Paulinho da Viola)

... levantou a multidão: Não havia quem não se contagiasse sambado e cantando.

Para seu conhecimento, o samba enredo da Portela para o Carnaval 2009 é "E por falar em Amor, onde anda Você?", que fala de um amor universal. Quer coisa mais bonita? Só podia ser minha Portela, da águia imponente; do azul e branco, combinação perfeita de “céu e paz”, da N.Sra. da Conceição, padroeira da escola e da Clara Nunes, que nunca viu coisa mais bela.

É isso aí, 21 vezes campeã do carnaval carioca. Vamos lá Portela, rumo ao 22º título!

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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"Voei ao Recife"



Verdadeiramente voei ao Recife, já que foi uma viagem de menos de 48 horas. Mas deu para sentir, nas pessoas que lá encontrei, o amor que sentem pela sua cidade, sua região.

Quando retornei, mostrei minha série de fotos feitas, nas poucas horas passadas lá, ao meu amigo, o poeta Luiz de Aquino. Não é que ele transformou esse passeio pela cidade em um poema?

E então, eu juntei seu poema às minhas fotos e, ao fundo, uma musiquinha bem brasileira!

"Voei ao Recife" (*)

Um trio de gatas mulheres
percorre o Recife antigo,
tão novo a seus olhos.

Tudo é encanto
ao sol do Nordeste ante o mar
Atlântico e belo,

desde as crianças a brincar
em cor e alegres, como se a vida
sempre começasse agora.

E há o mar, um mar
de verde e águas mornas
Ornadas de espumas grinaldas.

Palma de coqueiro ao vento
feito "os cabelos da morena"
assanhados ao vento.

Praia, calçada, asfalto e
quiosque e mudas de coqueiro
aberçadas em redes plásticas.

Há um que se mescla aos que trabalham,
e finge pescar:
será poeta, Pessoa?

A pele negra de olhar oculto
e sorriso fácil
embala meus olhos, ai!

E vai-se, por aí,
anônima, a se perder
ante o concreto e vidros.

Há nuvens... Choveu?
(De novo, o ébano de riso e óculos).
E tu, plácida, a sugerir-me ósculos!

Rio, mar, luz:
Capiberibe Atlântico pontes
e cais de Bandeira, Manuel.

O trãnsito, o verde e os vasos
na orla de verde-mar, verde-mato
e de novo tu, que eu amo!

No casario, história
e arte – memória! E um marco
rubro e forte.

Noite: presídio antigo, pedras,
vetusta parede, luz, por onde anda
Ana, avó de Jesus.

De novo o dia de verde e sol
e tons de arco-íris.
Recife, porém, é rubro-negra.

(*) Verso de Manuel Bandeira em "Cotovia".
Luiz de Aquino, poeta querido, essa é a minha homenagem aos 30 anos, que você comemora do seu primeiro livro, “O CERCO”, de 1978.

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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Manhã Inesquecível

Ontem passei uma manhã que há muito não vivia.

Chegou o grande dia do meu check-up anual promovido pela empresa onde trabalho. Esse ano eu prometi que não levaria os 6/7 meses como nos últimos anos. Recolher-me-ia numa clínica indicada e passaria um grande período do dia por conta dos exames.
Portanto, rumo ao grande desafio.
Quando lá cheguei, parecia que estavam adivinhando tudo que eu precisa. A recepção foi das melhores, não faltaram sorrisos!

Depois de deixar cocô e xixi na recepção, começou a sucessão de prazeres. Antes, uma picada na minha veia "bailarina" que foi agarrada com destreza pelos dedos da enfermeira. Logo depois a foto erótica do meu tórax que, mesmo vestida, conseguiu registrar meu âmago.

Agora sim, começamos as sessões de prazer total.
Para iniciar, ultra-sonografias: deliciosas carícias nos meus seios com um aparelhinho untado de um gel geladinho, que não há "uvinhas" que não resistam. E aquele aparelhinho safado foi descendo, me acariciando toda! Uiiiiiiiii As carícias foram se expandindo, percorrendo meu abdômen. No início, tímidas. Mas logo, logo se tornaram intensas e até mesmo com um certo vigor, pelo meu estômago, pâncreas, fígado, intestino, rins. Precisava ver como a minha excitação aumentava.

Quando eu comecei a delirar, achando que ele desceria mais, parou! Foi trocado por outro aparelhinho de formato fálico. Esse sim, foi a penetração total e foi lá mesmo onde você está pensando que ele me invadiu. Infelizmente seus movimentos eram muito lentos e superficiais e por alguma falha técnica não vibrava. Foi um entra-e-sai com muitas paradinhas. Dei uma broxada.

Bem, a medida que a idade vai avançando, mais exames vão sendo acrescentados. Continuei minha bateria ...

Em seguida os mais variados encontros íntimos.
O clínico geral, além de me apalpar toda, invadiu o buraco do meu ouvido e da minha boca com aparelhinhos e espátulas. O oftalmologista invadiu os meu olhos e ainda sussurrou no meu ouvido enquanto colocava aquela luz fortíssima nos meus olhos. O cardiologista foi mais gentil; enquanto aplicava o teste ergométrico, apenas apertava meu braço com outro aparelhinho e mandava eu olhar as copas das árvores do pôster que estava na minha frente para que eu mantivesse a postura e equilíbrio.
Já no ecocardiograma fui recebida por uma técnica que parecia que assim que saísse dali, iria dançar numa boate erótica da rua Prado Junior. Na mamografia o que não faltou foram amassos. Foram tão intensos que não sei como não uivei de dor.
A ginecologista, que era de origem oriental, deve ter pensado que a minha "racha" era igual a dela ( na horizontal). Enfiou o espéculo de tal forma que por pouco não me machucou. Foi mais uma a me invadir e apalpar meus seios.
Mas o ponto alto foi o exame proctológico ! A médica, muito simpática e bem-humorada, me recebeu com alegria – não entendi! Conversamos como duas velhas amigas sobre o tema daquele momento e outros assuntos ( deve ser a tática usada por ela para relaxar seus pacientes). Eu disse que estava tranqüila, pois já era veterana, afinal de contas era a minha terceira vez naquele tipo de exame. Enquanto isso mais um orifício invadido com candura, dedos, anestésico e fibroscópio (até o nome é erótico: FIBROSO rsrsrs).
No final ela disse que estava tudo bem e que havia penetrado 18 cm.
Claro que eu perguntei: "Para você 18 cm satisfaz?" Perguntei na intenção de saber se atendia às expectativas do exame. Ela apenas respondeu: "E como ..."

Como você pode observar, tive, praticamente, todos os orifícios invadidos, exceto as narinas. Sabe que eu acho que foi por isso que não gozei...?!?!?!

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domingo, 28 de setembro de 2008

Caminhada com Gabeira em Copacabana

Corpo-a-corpo com meu candidato a prefeito da cidade do Rio de Janeiro.




Estamos na reta final das campanhas municipais.
A disputa para prefeitura do Rio de Janeiro está bastante acirrada.

Faltando apenas sete dias para as eleições, fiz questão de fazer um corpo-a-corpo com os meus candidatos: Fernando Gabeira - prefeito e Aspásia Camargo-vereadora, ambos do Partido Verde-PV.


Estou bastante satisfeita com a transparência da sua campanha e acredito que ele é o candidato mais indicado para a reconstrução do Rio. Um Rio de Janeiro que foi abandonado, esquecido e entregue a sua própria sorte, a qual não anda muito ao seu lado.

Dentre tantos candidatos o que me cativa em Gabeira é a sua seriedade e coragem. Gosto dele como intelectual e congressista. Acredito na sua capacidade de administração, portanto eu escolhi Fernando Gabeira. E você ?

Como não consegui postar aqui dois pequenos filmes que fiz hoje na caminhada, colocarei os links do youtube:


1) Caminhando com Gabeira na Atlântica - Copacabana/RJ

http://br.youtube.com/watch?v=-MttUbyDU0k

http://br.youtube.com/watch?v=-MttUbyDU0k



2) Gabeira fala aos seus eleitores

http://br.youtube.com/watch?v=SwIGm90HAvU


Mais fotos no link:

http://picasaweb.google.com.br/marluzis/CaminhadaGabeiraAtlNtica?authkey=vr6RravXrsY#

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domingo, 17 de agosto de 2008

RECICLAR PARA NÃO ENTULHAR




Essa é a ordem do momento.

Sabe aqueles resíduos de obras da sua casa, que você chama uma empresa para retirar o entulho para dar o devido destino? Pois é, hoje já existe a preocupação quanto a todo esse resto de material - areia, janelas, pias, torneiras - deixado nos quintais do nosso planeta.

No caderno “Morar Bem” do jornal O Globo deste domingo (17/08/2008) saiu uma matéria muito interessante sobre o assunto. Como não consegui encontrar no site do jornal o caminho, transcreverei algumas partes da matéria.


O título é : SITES PROMOVEM TROCA DE RESÍDUOS DE OBRAS.

- Reutilização de materiais reduz o impacto ambiental e ainda barateia a construção.

O que sobra numa construção falta na outra. Em Belo Horizonte (MG), foi criada uma solução para o problema de resíduos. O site http://www.bolsadereciclaveis.com.br/ – criado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil local (Sinduscon-MG) e pela Federação das Indústrias de Minas Gerais – promove o encontro de quem oferece e quem busca materiais como terra e entulho. No Rio, o arquiteto Eduardo Castello Branco fez algo parecido: criou há um ano um fórum virtual para troca, venda e doação de sobras de material. São quase 200 cadastrados.

Na Bolsa de Recicláveis mineira, uma cartilha feita com o apoio do Sebrae orienta as pessoas sobre o que pode ser reutilizado e que tratamento esse material deve ter.

(...)

No caso de Castello Branco, que trabalha com reformas, a idéia é retirar dos vazadouros de lixo uma quantidade imensa de sobras – como bancadas de pia, vasos sanitários, portas e janelas – que, com uma limpeza ou restauração, podem ficar novamente perfeitas.
- Temos cadastradas algumas ONGs que pedem doação de material e, para que não tem o que fazer com o entulho, é uma boa solução.

(...)

Para o gestor regional de obras da construtora MRV, Evandro Carvalho, a correta destinação dos resíduos representa benefícios para todas as partes.


Há uma real preocupação com o planeta e há soluções possíveis. Cabe-nos reprogramar nossas atitudes e partir para o ataque. As idéias não param de surgir.





domingo, 15 de junho de 2008

ALMA FEMININA



Costumo utilizar muito a expressão “alma feminina”. Empresa com alma feminina ... homem com alma feminina... máquina com alma feminina... cerveja com alma feminina... vinho com alma feminina... Outro dia li que Paris e Rio de Janeiro são cidades com alma feminina.

A mulher moderna, principalmente a metropolitana, está se esquecendo da sua alma feminina. O dia-a-dia nos obriga a isso, seja no ambiente de trabalho, em casa quando temos que fazer o papel de pai e mãe ou nos variados serviços que antes eram “resolvidos” por nossos maridos/pais/irmãos e que agora são realizados por nós. Cada dia nos masculinizamos mais. Quando percebemos, lá estamos nós, convencidas que assim ganharemos nosso lugar no mundo.

Em geral, mulheres que ocupam cargos de chefia ou liderança, embrutecem, tentando se impor através de atitudes tipicamente masculinas. Vejo isso na grande maioria que ocupa esse tipo de cargo. Não precisamos imitá-los; temos a nossa própria lógica. Todos nós humanos temos os dois lados: masculino e feminino. Devemos usá-los no momento certo, com equilíbrio, não deixando um sobrepor o outro. Não será vestida de terno e gravata ou “terninho” que iremos melhor impor nossas idéias.

Muitas vezes deixamos nossa feminilidade de lado e quando percebemos, ou não, estamos brigando, xingando, passando por cima de pessoas, coisas, situações como verdadeiros tratores, deixando sentimento e sensibilidade de lado.
Perdemos muito com isso. Perdemos nossa essência.

Força e truculência não conquistam espaços. Eles estão aí é podem ser ocupados por nós com inteligência e doçura.

Não precisamos lutar contra os homens (gênero) e nem nos igualar, mas sim convivermos em harmonia, indo em busca de resultados idênticos, mesmo por caminhos diferentes, respeitando as nossas origens. Temos os nossos próprios recursos, que são fortíssimos e poderosos. Podemos ser firmes e audazes sem perder a ternura.

Então, por que nos deixamos convencer que, para obtermos sucesso em nossas vidas, temos que colocar uma armadura e fingirmos que não somos mulheres?

Cuidamos das nossas famílias e lares, usando bom senso, inteligência e, principalmente, amor (palavra masculina com alma feminina). E por que não estendermos isso ao mundo corporativo ou qualquer outro?

Um mundo com alma feminina seria beneficiado com menos guerra, menos violência, menos conflito, onde os homens (seres humanos) cuidariam mais do seu próximo, sendo, essencialmente, solidários e conciliadores.

Conclamo as mulheres a resgatarem sua feminilidade, sendo inteiras. Temos o dom da vida, somos luz, somos pura energia.

MULHERES, ENTERNEÇAM... SEMPRE!

sábado, 8 de março de 2008

Dia Internacional da Mulher




Sempre me incomodou receber “parabéns” no Dia Internacional da Mulher.

Poucas vezes reagi para não magoar ou ferir a pessoa, que carinhosamente estava me cumprimentando. A maturidade soltou um pouquinho a minha língua e, com aqueles que tenho mais liberdade, expresso meu desejo de que ele faça isso todos os dias do ano, pois eu mereço !

Não quero receber “parabéns’, nem flores, apesar de amar recebê-las. Desejo que esse dia seja lembrado pelo verdadeiro propósito que representa. É um dia em que reforçamos a nossa luta pela igualdade e conquistas, chamando a atenção para aquelas mulheres que ainda sofrem com a opressão e violência masculina.

Hoje não é o Dia da Mulher, é o dia de reavaliarmos uma luta de milhares de anos de desigualdade, desde que o homem percebeu que era ele quem a fertilizava. A partir disso, o seu comportamento tornou-se autoritário e arrogante, diminuindo a importância da mulher.

Definitivamente não somos o sexo frágil e sim dotadas de uma sensibilidade exacerbada, que aflora nossos sentimentos, confundidos com fraqueza. De fraca não temos nada, pois mesmo sendo preteridas, tratadas com humilhação e considerações de inferioridade, honramos nossas famílias, filhos e lares.

Aceitarei os “parabéns” daqueles que reconhecerem todo nosso esforço por um mundo melhor e de paz, onde as pessoas se respeitem, independentemente do seu gênero, credo, cor e qualquer tipo de deficiência.

Cabe a nós, mães de seres do sexo masculino, ensiná-los a amar e respeitar as mulheres, reduzindo, assim, as diferenças.