A sensibilidade fica exarcerbada. Choro à toa; até mesmo com comercial de margarina.
Ando nas ruas sentindo tudo e todos. É como se houvesse uma aura em volta de tudo e fôs
semos nos tocando à medida que vou caminhando.Percebo cada movimento, cada cena a minha frente, lados e costas, com bastante intensidade. As cores são mais vibrantes, saltando delas um brilho maior. Dizem que esse é um dos efeitos do LSD. Não preciso da droga. Os hormônios em ebulição me levam a estados parecidos.
Todos os anos, acompanho a prova de natação “travessia dos fortes de Copacabana” desde o seu início, a
liás, desde quando ainda era pouco divulgada. São quatro quilômetros em mar aberto. Estou sempre lá no Leme para ver os nadadores chegarem. E sempre me emociono muito, pois a superação é um ato que me fascina. De uns anos para cá a emoção dobrou e existem momentos que as lágrimas rolam, ainda mais quando vejo chegarem, completando a prova, meninos de 12 anos, senhores e senhoras acima dos 80 anos.Neste domingo decidi não ir; preferi assistir pela televisão. A tal da TPM iria me fazer debulhar em lágrimas.
Conversando sobre o assunto com a minha amiga Gisele, acabamos entrando em outro papo. Ela me conta que saiu com sua sobrinha, que tem por volta dos doze anos de idade, e foram até um shopping na Barra da Tijuca. Lá havia muitos jovens e entre eles, parecendo ir ao cinema com a sua namorada, um “galã” de ”Malhação”. A menina ao vê-lo entrou em estado de histeria. A Gi não conhecia tal figura, nunca o tinha visto mais gordo (Pois é amiga, nem eu conheço mais essa nova geração de jovens atores que despontam nas telinhas, que agora já têm mais de 42 polegadas).
Refletimos juntas... Há muitas e muitas décadas somos as mesmas: escolhemos nossos galãs, nos descabelamos histericamente e algumas até mesmo choram copiosamente ao encontrar o seu.
Hoje sua sobrinha chora pelo galã, logo, logo chorará pelos amores e em breve estará chorando nos comerciais de margarina.
Ela derrete e eu me derreto junto...
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Em todo o Brasil haverá homenagens ao seu centenário. Eu já comecei a participar dessas homenagens no mês de janeiro, quando fui assistir, aqui na sala Baden Powell, Henrique Cazes e Cristina Buarque no show “Sem Tostão”, cantando Noel Rosa. Não preciso nem dizer que foi m+a+r+a+v+i-l+h+o+s+o !!!!!
