sábado, 17 de outubro de 2009

Encantou-me a rosa




Rosa, minha amiga bloguiana, postou em seu blog uma foto e pediu que disséssemos o que víamos naquela imagem. Eu acho que naquele momento eu estava com uma cortina na frente do meu córtex e nada de interessante consegui ver. Ao ler os comentários senti-me tão "tapada"... Então mudei completamente a minha percepção, lhe respondi e também produzi um poeminha. Pretensiooooosa, eu...


"Rosa, quando olhei pela 1ª vez a imagem conseguia ver apenas uma toalha caída. Quando li a sua explicação fiquei triste por não ter conseguido enxergar tamanha beleza e feliz por saber você pessoa tão sensível e de olhar tão bonito, presenteando-nos. Então resolvi escrever:


Encantando-me com a rosa

Era a rosa no chão,
estendida em sua beleza.
Encantando,
mostrou-se com a sua delicadeza,
presenteando-nos o dia!

Agora te vejo, rosa querida,
como assim querias.
Encantada,
Reconheço-a em calmarias
e na certeza de te merecer!

=====================

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Lançando crônicas em Pirenópolis - novo livro de LUIZ DE AQUINO

Meu querido amigo, poeta LUIZ DE AQUINO, lançará seu mais novo livro, dias 9 de outubro, em Pirenópolis - GO. Desta vez ele vem com crônicas deliciosas sobre a cidade. Nesse mesmo dia ele receberá o título de Cidadão Honorário, pela Câmera Municipal de Pirinópolis.

MEIA-PONTE DO ROSÁRIO, PIRENÓPOLIS é uma homenagem à cidade a que o poeta está ligado por laços fortíssimos, familiares e de amizade.

Quem estiver por lá, não perca esse evento. Quem não estiver, encomende o livro.



Uma pequeníssima amostra do livro procês:



"Lembro um tempo, 1975, e era Festa do Divino. Uma banda de estudantes e professores de música da Universidade de Brasília tomou conta do rancho e tocou ao longo de toda a noite. Madrugada muito alta, o primo Jairo Pereira me chamou: “Vamos, é hora da alvorada”. Ele se referia à procissão com a banda-de-couro. Lá fomos nós, Rua do Rosário acima, as pernas trêmulas de sono, cachaça, cerveja e Engov. Não vi mais nada. Soube, mais tarde, que obstaculizei a volta da procissão, impedindo a entrada na igreja, o corpo inerte pela coma alcoólica impedindo que se abrisse a porta.
A ressaca começou quando recobrei a consciência, lá pelas duas da tarde. Mas o domingo não foi perdido, não... Conheci uma linda mulata carioca, pesquisadora de folclore. Fiquei mais poeta. "


"Deixo a velha Meia-Ponte do sopé dos Pireneus e corro ao sul, a Caldas Novas, minha terrinha toda desfigurada. Crescimento forçado e impensado; demolidor. Tanta coisa para se fazer! Goiás é quase virgem, não fosse a ação invasora dos plantadores de pastos e soja. Cerrado agora é figura de literatura, é lembrança perdida no baú do passado que mora na gente. "

"As pedras das ruas, o verde dos montes, o passado das casas; o visual é pirenopolino. Ao longe, a ferida branca na montanha se traduz na extração do arenito para construção, e é de lá que vem o Rio das Almas, saltando degraus de rochas, determinado a atingir o mar. É a eterna serenata das cachoeiras a oxigenar as águas, atrair-nos para o ócio e insinuar poesia. Pirenópolis não é apenas uma das vigas da história de Goiás; é imagem viva e movimentada das alegrias de tantos. Tristezas também, que não se sente sem analogias."




§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

domingo, 30 de agosto de 2009

O menino Michael



Não tive como não me emocionar com a morte de Michael Jackson.
Eu tenho dificuldade de sentir pena, mas desse menino era o sentimento mais forte que eu tinha. Afinal de contas ele foi meu companheiro de tantas horas. Conhecemo-nos muito cedo (por volta dos meus dez anos) e ele nem sabia desse nosso encontro. Ficou ao meu lado por toda a minha adolescência e grande parte da minha juventude. Uma semana antes da sua morte, eu havia comprado seu novo DVD: eu estava com saudades. Logo depois ele morreu. Que nesse outro plano ele encontre a plenitude que lhe faltou nesse planeta.

- * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * - * -

sábado, 25 de abril de 2009

BANCA DO BLUES



Mesmo tendo sido concebida e criada na Cidade Maravilhosa por mais de quatro décadas, o Rio de Janeiro continua me surpreendendo.
É só abrir o portão do prédio onde moro, dar o primeiro passo na calçada, que as atrações começam a surgir. Ainda mais quando se trata da velha Copacabana. Mas não é de Copacabana que vou falar, mas sim do Centro da Cidade que também é um caldeirão de atrações.

Outro dia, após tentarmos, eu e minha amiga Inês, assistir ao show de comemoração do aniversário do maravilhoso Paulo César Pinheiro, sem êxito, caímos no teatro Maison de France, num clássico musical inglês. Vá lá que o texto não era lá essas coisas... mas valeu pela bela produção e interpretação dos atores, principalmente a voz da atriz-cantora e é claro, pela relaxada que demos naquela sexta-feira após tantos feriados e poucos dias úteis que nos deixaram desorientadas.

Ao sairmos do teatro, Inês deu a idéia de retornarmos para nossas casas de metrô, o que nos faria andar até à estação Cinelândia. Confesso que fiquei um pouco amedrontada pela hora alta e o bom pedaço que teríamos que caminhar (coisa que não é do meu feitio), mas ela me passou confiança, portanto concordei. Assim seguimos pela avenida Presidente Wilson até chegarmos na esquina da avenida Rio Branco. Lá fomos surpreendidas por um aglomerado de pessoas, na sua maioria acima dos WD40 (assim a rapaziada não fica enferrujada) e na curvatura da esquina, por várias motos no estilo do filme Easy Rider (Lembram?).
Claro que a minha curiosidade ficou aguçada. Inês, mulher super antenada, além do seu tempo, logo me disse ser a banca do blues.
Banca do Blues? What is this?-perguntei, para combinar com o clima do lugar.



Ao aproximar-nos percebi aquela parafernália típica de que ali ia rolar ou já havia rolado muito som. Maravilha! Ia rolar. Um carinha, com cara de motociclista “bluzeiro”, anunciava a apresentação de um grupo de blues chamado algo parecido com “miolos embrulhos” (foi o que entendi) e pedia para o pessoal comprar a cerveja em sua banca e terem um pouco de paciência na demora do atendimento, além de falar do amor que ele tinha de poder promover aquele evento sem ganhar nada (além do lucro da cerveja).

Começou o show! Gente, música da melhor qualidade! Meus pezinhos e depois cabeça, tronco e membros não conseguiram ficar parados. Claro que prestigiei a cervejinha da banca do jornaleiro Paulo Vanzillota (depois fiquei sabendo o seu nome).

Desde 2006, passam ali grandes bandas de blues e rock e o sonho do Paulo e uma apresentação do Celso Blues Boys, que esteve lá nesse dia, mas não pode dar uma palinha, pois teria que fazer o seu show no teatro Rival.

Fica aí a dica para amantes de blues e rock and roll, curtir um happy hour no coração do Rio e o melhor: de GRAÇA, todas às sextas-feiras, a partir das 19:30 horas.
Quem quiser saber mais acesse os links abaixo:

http://www.bancadoblues.blogspot.com/

http://www.bancadoblues.com/


Ah, o nome do grupo daquela noite: MIULHOS ENDRULHOS. O que isso quer dizer? Ah,sei lá! Mas os coroas são bons demais!!


Fotos: Marluci Costa

***************************




terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Três rainhas, Zona Oeste

Luiz de Aquino

Foto: Marluci Costa




A pedra tem seu peso
e pesa, nua. Mas aos olhos,
parece-me, flutua.


A forma é ímpar: a alva Gávea
de saltos ousados: voa-se leve
para se pousar na praia.


Folhas filhas de amendoeiras
enfeitam as fotos onde encima
reina um morro ainda de pelos,

Os verdes pelos perdidos
para acolher moradias favelas :
tristeza dos nossos dias.


Paisagens de sábado, dia feliz,
três lindas queridas, olhares sorrisos
de me encantar. Luiz.






Luiz de Aquino é escritor e jornalista, membro da Academia Goiana de Letras. E-mail: poetaluizdeaquino@gmail.com


*****************************************



domingo, 21 de dezembro de 2008

Parada Iluminada de Natal - 2008



Mais uma vez ela chegou sorrateira, sem grandes alardes. Só ficamos sabendo às vésperas do desfile. É a “Parada Iluminada” de Natal, promovida pela Coca Cola Company.

Apesar dos tantos malefícios que seu refrigerante mais famoso nos traz, o grupo dá um jeito de nos presentear nessa época do ano, que estamos mais propícios aos atos de caridade, a ser mais solidários e quando ficamos mais sensíveis, um espetáculo de tamanha beleza.


Este foi o meu segundo ano e confesso que me cansei de tanto aguardar o desfile. Levei meus guarda-chuvas, pois como disse para minhas amigas: “desfile de carnaval chove, noite de Natal também chove, logo, hoje, também teremos chuva.” Ainda bem que minha “praga” não pegou. A noite estava quente e a cena
que se repetia era a de crianças brincando alegremente, naquelas horas da noite, no calçadão e areia da praia de Copacabana.

Como sempre a saída nunca é no horário previsto. Parece que o atraso já está arraigado na cultura carioca. Mas quando os
caminhões da Coca-Cola surgem, eu corro como criança para saúdá-los e me preparar para receber o desfile mágico de anjinhos,

brinquedos, duendes, fadas, príncipes e princesas e o querido Papai Noel. Meus olhinhos infantis brilham e eu vibro, não parando de apertar o botão da minha câmera fotográfica. Nem ligo para uma senhora que teima, em dia de tamanha alegria, vociferar no meu ouvido, por ter chegado cedo e não conseguir assistir ao desfile “de camarote”, já que a multidão a impedia.



A cada ano um carnavalesco é escolhido para preparar o desfile. Este ano foi a vez de Paulo Barros, da Unidos do Viradouro, escola de samba de Niterói, que trouxe à Avenida Atlântica um sonho mágico de Natal.

Certa vez, assistindo a uma entrevista com o grande carnavalesco Joãozinho Trinta, soube que ele foi do elenco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde participou de diversas montagens de ópera nacionais e internacionais. E foi nesta experiência, que descobriu que o desfile de uma escola de samba é exatamente como uma ópera, com todos os seus elementos. Para à avenida, no Carnaval, ele trouxe esse aprendizado. E soube usá-lo como ninguém.



E aí, se pararmos para observar uma ópera, um desfile de escolas de samba e esse atual desfile natalino, veremos nitidamente como seus elementos se entremeiam.

Vale a pena conferir no próximo ano.





Fotos: MARLUCI COSTA


************************************************************

Correção:
Fabrício Guerra, que participou da criação da Parada Iluminada de 2008, me corrigiu informando que o responsável pela concepção do desfile deste ano foi o artística plástico André Paz.
Leiam o seu comentário.

********************************************************************************

domingo, 14 de dezembro de 2008

SACOS PLÁSTICOS

O excesso de sacos plásticos na minha casa sempre me causou incômodo.
Por isso, mesmo antes de saber todas as conseqüências geradas com o acúmulo de sacos descartados pelo mundo, tratei de providenciar uma sacola de nylon colorida, daquelas compradas em feira livre, para carregar minhas compras de supermercado. Sei que logo depois, essas bolsas ficaram “fashion” e no verão, as moças, começaram a usá-las para irem à praia.
Deixando de lado a moda, a minha intenção com aquela bolsa não era fazer sucesso, sim diminuir aquele exagero que ficava no armário lá de casa.
Fiquei feliz quando descobri várias possibilidades de reciclá-los. Achava que essa era a solução. Eu adorava doá-los para grupos de senhoras que criavam coisas lindas, usando-os como matéria-prima.
Hoje eu entendo que não é essa a solução. A solução é diminuir o seu uso, evitando assim o desperdício e reciclar cada vez menos.

Dêem uma olhadinha nesse vídeo. Para os sensíveis aos maus tratos à natureza, choca bastante.
É hora de se pensar seriamente numa política de uso restritivo dos sacos plásticos. Temos tantas opções não é mesmo? Sacolas retornáveis, de lona, de papel... Enfim, é só querermos.









=================================

domingo, 7 de dezembro de 2008

"OH MINAS GERAIS "




Você sabia que a bela música "Oh Minas Gerais" se constitui numa letra adaptada à valsa italiana da Idade Média "Vieni Sul Mar" (Vem do Mar)?

A música foi aproveitada por Eduardo das Neves (1874-1919), para homenagear o encouraçado Minas Gerais, lá por 1910, um dos maiores navios do mundo, que naquela época se juntaria à esquadra brasileira. Mais tarde, modificada pelo povo, passou a celebrar tão somente o estado brasileiro e não mais ao navio, na conhecida música "Oh! Minas Gerais".

É tida em Minas Gerais como hino oficial.

Enrico Caruso, Tito Schipa, Mario Lanza, entre outros gravaram o "Vieni Sul Mar".

Ouça com o Pavaroti:







(a letra está no fim do email)



E agora a belíssima versão adotada pelo estado de Minas Gerais:








letra de autoria de: De Martino / Frati


Deh, ti desta fanciulla, la luna

Spande un raggio s'i caro sul mar,

Vieni meco, t'aspetta la bruna

Fida barca del tuo marinar.


Ma tu dormi, e non pensi al tuo fido,

Ma non dorme chi vive d'amor.

Io la notte a te volo sul lido

Ed il giorno a te volo col cor.


Vieni sul mar,

Vieni a vogar,

Sentirai l'ebbrezza

Del tuo marinar.


Addio dunque, riposa, e domani

Quando l'alba a svegliarti verrà,

Sopra lidi lontani lontani

L'infelice nocchiero sarà.


Ma tu dormi, e non pensi al tuo fido,

Ma non dorme chi vive d'amor.

Io la notte a te volo sul lido

Ed il giorno a te volo col cor.


Vieni sul mar,

Vieni a vogar,

Sentirai l'ebbrezza

Del tuo marinar.


Da quel giorno che t'ho conosciuta,

Oh fanciulla di questo mio cuor,

Speme e pace per te ho perduto

Perché t'amo d'un immenso amor.


Fra le belle tu sei la più bella,

Fra le rose tu sei la più fin,

Tu del ciel sei brillante stella

Ed in terra sei beltà divin.

Vieni sul mar,

Vieni a vogar,

Sentirai l'ebbrezza

Del tuo marinar.

Vieni sul mar,

Vieni a vogar,

Sentirai l'ebbrezza

Del tuo marinar.


***************************************